11 junho, 2008

Nota gastronómica (LVIII)

Évora

Sempre se comeu muito bem no Alentejo, para mais usufruindo daquela que, com a açoriana (desculpem-me o bairrismo), é para mim a melhor cozinha tradicional portuguesa. Évora, pela sua dimensão, era o centro da melhor e mais larga oferta, com destaque para o Fialho. Cheguei a ir de propósito a Évora só para comer neste restaurante. Na minha opinião, tem decaído, excepto nos preços, o que, conjuntamente, o retirou da lista dos meus restaurantes obrigatórios.

Continuo a frequentar outros, com destaque para o Luar de Janeiro (que já mereceu mais) e para a Cozinha de S. Humberto, na época da caça. O mais na moda, Dom Joaquim, que fique para turistas menos exigentes. Muito melhor, é pena que fora de portas, o Lis, além do mais com uma excelente garrafeira e um dono, António Bravo, com conhecimentos de grande escanção.

Mais recentemente, fiquei cliente do Quarta Feira. É pena que se vá lá uma vez e não se possa repetir a visita a não ser bastante tempo depois, porque o restaurante só tem de notável um óptimo cachaço de porco assado.

Mas afinal, quem vai a Évora, segundo o meu gosto, só tem um restaurante imperdível, mas que não é em Évora. Vale bem os 30 Km, por estrada bem razoável e quase sem trânsito, até ao Escoural, já perto de Montemor. Não percam o Manuel Azinheirinha. Não digo mais nada, para não estragar a surpresa da escolha variada e difícil.

Sem comentários: