Finalmente, vamos ser chamados a votar, em Janeiro, no referendo sobre a despenalização do aborto. Desde já declaro que votarei indiscutivelmente sim, que vou fazer campanha e que este “bloco de notas” está aberto a quem quiser contribuir neste sentido.
Com uma ressalva, e por isto escrevi a “bold” despenalização. É só isto que está em discussão, não as concepções morais de quem reprova o aborto. Os “pró-vida” vão tentar levar a discussão para um referendo tipo “concorda com o aborto?”. Claro que eu também não concordo, no sentido de o aceitar como forma banal e facilitada de contracepção (mas mesmo isto é complicado, se nos lembrarmos do DIU ou da pílula do dia seguinte).
Os que rejeitam moralmente o aborto estão no seu pleno direito, mas é matéria individual. A despenalização é questão social, em nada violenta a sua consciência individual. O que exijo é que essa moral individual seja coerente. Quantas mulheres “pró-vida” já terão feito um aborto, recatadamente e em boas condições sanitárias, para lá do Caia?
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