1. São José Almeida, cuja leitura costumo apreciar, comete hoje um erro que desvirtua a sua argumentação. Critica Jorge Sampaio por ter desrespeitado a Constituição ao dissolver a AR no período Santana Lopes, dado que esse seu poder só podia ser exercido em condições de mau funcionamento das instituições democráticas. Ora esta limitação só vale para outro poder, o de exoneração do primeiro ministro. O poder de dissolução é discricionário, dependendo apenas, formalmente, da consulta ao Conselho de Estado.
2. Um novo Maio de 68? Creio que não, a ajuizar pela fraca dimensão do movimento. Mas mais interessante é atentarmos aos fundamentos. Em 68, as reivindicações eram de natureza educativa, embora rapidamente diluídas numa movimentação política geral. Agora, sinais das dificuldades sociais, os protestos estudantis vão para além da sua educação e visam as limitações postas ao sistema de favorecimento do primeiro emprego para os jovens. Não quero dizer com isto que não têm razão.
3. Delors afirmou que o investimento no social é o que mais contribui para o desenvolvimento. Não sou economista e não sei analisar a validade científica da afirmação. Mas, política e ideologicamente, diz-me muito.
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