02 janeiro, 2009

Perante a crise

Neste início de 2009, a inevitabilidade da crise, a pequenez do cidadão comum para a defrontar, a preocupação dos governos com os grandes – os especuladores, os que se passaram do neoliberalismo "hardcore" para um keynesianismo hipócrita – levam-me, em quase protesto subconsciente, a "filosofar barato". Ao menos isto ninguém me tira. Hoje lembrei-me de uma passagem do Cyrano de Bergerac que dá uma luz interessante, talvez ajustada à minha idade, ao sentido das lutas.
"Que dites-vous?. . . C'est inutile?. . . Je le sais!
Mais on ne se bat pas dans l'espoir du succès!
Non! non!
c'est bien plus beau lorsque c'est inutile!"
Já agora, sem ter tanto a ver com a crise, as últimas frases de Cyrano, de que me lembro sempre:
"Oui, vous m'arrachez tout, le laurier et la rose!
Arrachez! Il y a malgré vous quelque chose
Que j'emporte, et ce soir, quand j'entrerai chez Dieu,
Mon salut balaiera largement le seuil bleu,
Quelque chose que sans un pli, sans une tache,
J'emporte malgré vous, et c'est. . .
(...)
Mon panache."

1 comentário:

Anónimo disse...

Je dirais même plus:

"Je sais bien qu'à la fin vous me mettrez à bas; N'importe: je me bats! je me bats! je me bats!"