No entanto, há quem não esteja de acordo. Obviamente, a Associação Portuguesa de Imprensa (API). Afinal, não faz mais do que acompanhar, com justo direito, banqueiros, investidores de risco e outra gente respeitável que merece que o Estado (isto é, eu contribuinte e os meus leitores, mais uns tantos milhões) lhes garanta protecção contra qualquer prejuízo e mesmo contra a falência, coisa horrorosa dos malefícios do capitalismo que me deve envergonhar a mim e a todos nós no concerto das nações.
É claro que a API não pode rebater o argumento de que nenhum jornal é de “âmbito nacional”, como exigido na lei para os anúncios oficiais, que no total só são lido por duas centenas de milhar de pessoas e que nos tempos de hoje o acesso a tudo o que é gratuito na net é muito superior.
Não o podendo fazer, imagina uma proposta bem compatível com o novo híbrido ou monstro circense ("freak") de neoconservadorismo e de keynesianismo. "Tem que haver um período transitório em que a publicação seja feita também em papel, defende João Palmeiro (API), que reclama, numa fase posterior, a publicação nos sites jornalísticos em paralelo, e com custos idênticos, à publicação no Portal dos Anúncios Públicos. A um maior destaque no site das publicações jornalísticas corresponderia um custo suplementar."
Há gente com muita lata. Ou melhor, com muita falta de vergonha e com tal arrogância que julga que toda a gente é estúpida.
P. S. - Escrevi acima “quando lia jornais”. É verdade, já não leio. Quem me lê regularmente já encontrou aqui escritas razões suficientes para o meu porta-moedas não ser cúmplice com a mediocridade e incompetência da imprensa portuguesa.
P. S. - Escrevi acima “quando lia jornais”. É verdade, já não leio. Quem me lê regularmente já encontrou aqui escritas razões suficientes para o meu porta-moedas não ser cúmplice com a mediocridade e incompetência da imprensa portuguesa.
3 comentários:
...só são lido por duas centenas de milhar de pessoas e que nos tempos de hoje o acesso a tudo o que é gratuito na net é muito superior.
Não é verdade.
Pedro, fiquei surpreendido com a tua afirmação, contra o que tenho lido. Podes explicar melhor?
O facto de estar na net não quer dizer que seja superior. Porque "estar na net" não é nada se não foro localizável, referenciável com facilidade. Nem menciono a quantidade assombrosa de lixo factualmente errado que por aí encontras. Esse é o primeiro erro "Ah, vi na Net" como se isso fosse sinónimo de verdade. Um exemplo a respeito de media: Sabes qual é a quantidade média de pessoas que vê um canal de Cabo chamado SIC MUlher, um canal "dito" nacional? (Não te vou dizer, avança um palpite). Limitar a publicação à Web é um erro crasso que beneficia alguns em detrimento de muitos outros. Passei demasiados anos a lero DR...
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