No entanto, há quem não esteja de acordo. Obviamente, a Associação Portuguesa de Imprensa (API). Afinal, não faz mais do que acompanhar, com justo direito, banqueiros, investidores de risco e outra gente respeitável que merece que o Estado (isto é, eu contribuinte e os meus leitores, mais uns tantos milhões) lhes garanta protecção contra qualquer prejuízo e mesmo contra a falência, coisa horrorosa dos malefícios do capitalismo que me deve envergonhar a mim e a todos nós no concerto das nações.
É claro que a API não pode rebater o argumento de que nenhum jornal é de “âmbito nacional”, como exigido na lei para os anúncios oficiais, que no total só são lido por duas centenas de milhar de pessoas e que nos tempos de hoje o acesso a tudo o que é gratuito na net é muito superior.
Não o podendo fazer, imagina uma proposta bem compatível com o novo híbrido ou monstro circense ("freak") de neoconservadorismo e de keynesianismo. "Tem que haver um período transitório em que a publicação seja feita também em papel, defende João Palmeiro (API), que reclama, numa fase posterior, a publicação nos sites jornalísticos em paralelo, e com custos idênticos, à publicação no Portal dos Anúncios Públicos. A um maior destaque no site das publicações jornalísticas corresponderia um custo suplementar."
Há gente com muita lata. Ou melhor, com muita falta de vergonha e com tal arrogância que julga que toda a gente é estúpida.
P. S. - Escrevi acima “quando lia jornais”. É verdade, já não leio. Quem me lê regularmente já encontrou aqui escritas razões suficientes para o meu porta-moedas não ser cúmplice com a mediocridade e incompetência da imprensa portuguesa.
P. S. - Escrevi acima “quando lia jornais”. É verdade, já não leio. Quem me lê regularmente já encontrou aqui escritas razões suficientes para o meu porta-moedas não ser cúmplice com a mediocridade e incompetência da imprensa portuguesa.