Os políticos ganham muito ou pouco? O Expresso de 11.8.2007 traz alguns dados interessantes. Se olharmos para o vencimento de topo, em relação ao salário mínimo, ele é de 17 vezes, comparado com 11 na Espanha, 15 na França, 15 na Itália, mas 30 no Brasil. O nosso PR gostaria de ganhar tanto como Lula? Claro que este indicativo diz pouco, porque depende do valor do salário mínimo. O primeiro ministro espanhol recebe só 11 vezes o salário mínimo e o nosso recebe 13 vezes, mas Zapatero arrecada €6378 e Sócrates fica-se por €5366.
Também é vulgar comparar-se com o sector privado, mas são mundos à parte. No entanto, há uma aproximação que me parece fazer mais sentido, a do sector público empresarial. A nossa despesa com os políticos (só os membros dos órgãos de soberania, com exclusão dos dirigentes da função pública) é de 0,28% das despesas de pessoal da administração pública. Fui ver as contas de 2006 da Caixa Geral de Depósitos. A despesa com os órgãos sociais representou 0,52% dos custos de pessoal, praticamente o dobro.
Afinal o que queremos? Que os órgãos políticos funcionem com a eficiência da CGD (e nem falo do BCP ou do BCI) ou que esta funcione à maneira política?
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